terça-feira, 23 de novembro de 2010

COMPLICAÇÃO EM PARTO GERA INDENIZAÇÃO

Um casal e seu filho deverão receber uma indenização de R$ 150 mil em decorrência dos danos permanentes que a criança sofreu quando nasceu. Na hora do parto, um fórceps mal utilizado pela equipe médica acarretou afundamento do crânio, falta de oxigenação e, em conseqüência, paralisia cerebral e triplegia mista, o que comprometeu todo seu desenvolvimento cognitivo e motor da criança. A decisão é da 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Além dos R$ 50 mil para cada, uma pensão mensal no valor de um salário mínimo também deverá ser oferecida, a contar da data em que o menor completar 14 anos até a sua morte. Por conta do estado de saúde da criança, a mãe reduziu sua capacidade de trabalho. O casal pediu a indenização por danos morais e pensão pelos danos materiais, uma vez que o filho poderia contribuir para a renda familiar.

A criança nasceu em 9 de março de 2000. Nesse dia, os médicos do Hospital Regional de Ceilândia, indiferentes à falta de contração uterina da mãe, protelaram ao máximo o parto para evitar uma cesariana por causa dos custos da cirurgia. Como o bebê não conseguia sair, utilizaram o fórceps para auxiliar no procedimento.

Laudos periciais confirmaram que as lesões causadas no bebê foram originadas pelo uso do fórceps.
Além do mais, um perito confirmou na Justiça que, dependendo da dilatação do colo uterino da parturiente e da altura da apresentação fetal, o médico pode identificar a necessidade da cesariana para se evitar complicações no parto e sofrimento do feto.

*Com informações da Assessoria de Comunicação do TJ-DF.

OUTRO CASO EM SÃO PAULO:
Pais pedem explicações à Maternidade sobre procedimento adotado sem necessidade

Recentemente o blog divulgou uma nota onde apresentava relatos de um parto acompanhado por um pai na maior maternidade pública de São Paulo, o HMI - Hospital Maternidade Interlagos, no qual foram adotados procedimentos não adequados para a realização de um parto cesáreo, com a utilização indevida de fórceps e força adicional de funcionários da maternidade para salvar o bebê que já aguardava para nascer a cerca de 33 horas após internação da mãe.

Na ocasião, depois de constatadas e ainda em estado de choque pelo que ocorrera no ato cirúrgico, o pai da criança enviou uma carta de repúdio e pedido de explicações à Ouvidoria da Maternidade Interlagos que imediatamente acionou a Diretora da mesma, Dra. Sandra Regina Sestokas Zorzeto, para conversar com o pai da criança e lhes convencer de que houve necessidade da utilização do procedimento de fórceps para salvar a criança que já havia engolido fezes, procedimento este que deixou seqüelas nos dois olhos do recén-nascido e fora informado de que estas sumiriam com 72 horas após o parto; O que não aconteceu até o 32º dia de nascimento.

Indignado com a falta de atenção e justificativa compreensiva por parte da Maternidade Interlagos, o pai da criança recorreu à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para solicitar atenção aos procedimentos partoriais realizados naquela instituição e divulgou uma nota intitulada “Alegrias ameaçadas pela dor” num dos jornais de grande circulação na capital paulista e 15 dias após a publicação a assessoria de imprensa da mesma entidade respondeu ao leitor do jornal algumas explicações não condizentes com os fatos ocorridos.

Agora os pais da criança, aguarda pronunciamento da Secretaria de Saúde do Estado e da Comissão da Assembleia para dar continuidade aos questionamentos e possivelmente dar inicio a um processo jurídico de reparação aos danos sofridos pelo bebê.

4 comentários:

Adèle Valarini disse...

ONDE JÁ SE VIU usar forceps em cesariana?!?

Anônimo disse...

Essa Maternidade é um lixo.
Um verdadeiro Lixo.

BETANIA disse...

MINHA IRMA ACABOU DE PERDER UM FILHO POR ESSE METODO AFUNDARAN O CRANIO DO BEBE QUE VEIO A ÓBITO.ACONTECEU EM MORRO DO CHAPEU NA BAHIA

Eveline Bouteiller disse...

Estou chocada. Há duas semanas outro caso suspeito na Maternidade Interlagos. A mãe chegou ao Hospital na sexta com dores e a mandaram de volta para casa. No dia seguinte voltou, e a criança nasceu morta. Perfeita, mas morta. Uma semana depois a mãe, com febre, vai para o Hospital Grajaú, onde é feita uma ultrassonografia para constatar infecção devida a "restos do parto".... É feita uma histerectomia e retirada dos ovários... Uma moça que fez tratamento para engravidar durante anos....