segunda-feira, 16 de junho de 2008

ELEIÇÕES 2008 - E O VOTO DE CLIENTE.

Comprar votos é proibido por lei faz tempo, mas também é uma prática tão secular quanto a própria proibição. Nas eleições deste ano não teremos showmícios, nem distribuição de brindes, e a propaganda eleitoral está bem restrita.
Mas o voto continua sendo comprado.
A maioria dos prefeitos em reeleição usa diversas moedas para isso, do serviço médico facilitado ao emprego fácil na prefeitura. O uso eleitoreiro da máquina por um prefeito em reeleição é uma vergonha nacional, mas parece comum.
Os outros candidatos clientelistas (a prefeito ou vereador) pagam muito mais caro, porque pagam do próprio bolso. Miram na arrecadação municipal ou nos famosos “mensalinhos” e “esquemas” dos vereadores. Mercado futuro.

A POBREZA REFÉM
E a demanda é sempre a mesma, porque a pobreza é o que mantém o sistema funcionando. A população faminta, desempregada, drogada e sem escolaridade não vê outro caminho senão esta simbiose, nociva, com os políticos. Quanto mais miserável, mais o eleitor depende da troca de favores.
As pesquisas eleitorais mostram isso com clareza. O voto da pobreza não esclarecida – maioria do eleitorado - é o voto do medo e da gratidão. Pelo circo e pelo pão. Este círculo vicioso serve de passaporte para os corruptos se perpetuarem no poder. Hoje, lideram as pesquisas muitos campeões de denúncias de corrupção e improbidade administrativa. Na política, o crime tem compensado, embora os cheques nem sempre.

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